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EPISÓDIO 1

Festa do Basquetebol
Março 6, 2021

Festa do Basquetebol

Diogo Ramos está pressionado mas, ainda assim, lança de três pontoooos… e marca! Triplo com falta! Que grande bola – dizem os comentadores da transmissão televisiva! Mas o jovem sub-16 da seleção da Associação de Basquetebol do Porto não festeja e mostra um semblante de enorme frustração. É compreensível. Faltam dois segundos para acabar o jogo e ele marcou o ponto 45 da sua seleção, bem longe dos 58 marcados pela seleção de Aveiro. Já na fase de grupos, os aveirenses haviam vencido o Porto, que levava na altura uma série de 25 jogos sem perder. Na final, repetiram o feito e destronaram os tri-campões à data. Diogo Ramos ainda teve direito ao lance livre adicional, mas a bola não entrou. Ele, e todos nós, estávamos longe de imaginar que, ainda hoje, esse seria o último lançamento ao cesto numa Festa do Basquetebol.

Um par de horas antes, nesse mesmo dia – 16 de abril de 2019 – a seleção de sub-16 feminina da Madeira venceu Lisboa num jogo fantástico e com um final emocionante. A 8 segundos do fim, quando perdia 50 x 49, a madeirense Leonor Gonçalves fez uma penetração na área restritiva e, sem receio das defensoras lisboetas, subiu e finalizou com a sua mão esquerda, convertendo os dois pontos mesmo sofrendo um contacto faltoso. Marcou depois o lance livre que deixou o resultado final em 50 x 52 para as insulares.

Mas também estavam lá os outros. Aqueles sub-14 que tinham a certeza de que para o ano, ou dali a dois, lá estariam outra vez em Albufeira para mais uma Festa do Basquetebol. Nos rapazes, a seleção de Lisboa venceu o Algarve por 50 x 48, vingando assim a final perdida no ano anterior. Foi o algarvio Tomás Silva que “fechou” o cesto, com mais de um minuto ainda para jogar. Já a final sub-14 feminina caiu para a seleção do Porto, que venceu 57 x 36 a sua congénere da Madeira. Curiosamente, também foi uma finalista vencida a marcar o último cesto – a Mariana Lagos – que marcou o primeiro de dois lances livres, a 23 segundos do fim. Talvez tenha pensado “daqui a dois anos ajustamos contas”. Mas não houve essa oportunidade.

O pior das edições 14 e 15 da Festa do Basquetebol, que ficaram por realizar, não foi quem deixou de vencer. O pior foi que perdemos todos. E perdemos em toda a linha. Perdemos no campo e fora do campo. O Dr. João Paulo Rebelo, secretário de Estado do Desporto e Juventude, dizia no encerramento da última Festa que os jovens talvez ainda não percebessem o alcance de um conjunto de valores que lhes estavam a ser transmitidos através da prática do basquetebol. E que um dia iriam dar ainda mais importância. É verdade! De facto, a Festa é uma oportunidade de conhecer outras realidades, de fazer amigos, criar memórias e de competir a um nível nacional. É um momento de partilha e de aproximação entre todos os agentes da nossa modalidade. É onde a expressão “família do Basquetebol” vive o seu expoente máximo.

A mítica foto “I LOVE BASKET”, que levou a Praça da Praia dos Pescadores aos quatro cantos do mundo, já vai fazer 10 anos… Ena e que 10 anos!

Já poucos se recordarão… mas a ressaca da última Festa (2019) foi agitada, com as notícias de eventuais alterações do formato competitivo e mesmo das idades de participação, que poderiam passar a ser campeonatos para atletas Sub-13 e Sub-15. Passados dois anos, sem hipótese de se ter realizado a Festa do Basquetebol, essa discussão parece ser um ínfimo detalhe se comparado ao vazio que foi o de passarmos as últimas Páscoas em casa.

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