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EPISÓDIO 9

A teoria do segundo esforço!
Maio 10, 2022

A teoria do segundo esforço!

Bem, há que começar por dizer que não é bem uma teoria. Faz parte daquele tipo de coisas que são válidas no basquetebol e na nossa vida. Daí eu gostar de partilhar, porque acredito que essa transferência de experiências entre desporto, profissão, lazer e família nos pode tornar melhores em cada uma dessas dimensões e, acima de tudo, nos tornar melhores pessoas.

Mas então o que é o segundo esforço? Partindo de um exemplo do basquetebol, imaginem que estão a defender o jogador com bola. Estão sob os holofotes do treinador e dos colegas de equipa, o sucesso da defesa, no imediato, está nas vossas mãos (e no resto do corpo). O vosso empenho é máximo, assim como a concentração e a adrenalina. Vamos chamar-lhe de primeiro esforço. Entretanto, como foi uma boa ação defensiva, vocês conseguiram evitar que o adversário fosse para o cesto e até fizeram com que ele passasse a bola para outra pessoa. E é nesse momento, entre o inebriamento do sucesso alcançado ou o simples conforto da missão cumprida, que é necessário o segundo esforço. E não é difícil perceber porquê… porque a jogada ainda não acabou e, se relaxarem, o mais provável é que o vosso atacante direto, depois de ter passado a bola, vos ganhe uma posição de vantagem e comprometa todo o bom trabalho que foi realizado num primeiro esforço. É o evitar da entrada em zona de conforto, que tantas vezes nos faz relaxar, perder a concentração e diminuir a performance.

Vamos a outro exemplo de segundo esforço, também recorrendo ao melhor desporto do Mundo. Imaginem que agora são vocês que têm a bola, estão a atacar e o caminho para o cesto adversário está livre. Driblam a toda a velocidade e preparam o vosso lançamento que tem tudo para dar certo, momento esse que vai deixar toda a vossa equipa em êxtase, ao qual se vão juntar os adeptos a entoar o vosso nome em uníssono. Sabe-se lá de onde, aparece um defensor que vos desarma de cima para baixo, com uma tremenda autoridade, tocando apenas na bola, ao qual se junta um ensurdecedor “UUUUUUH”. Digamos que o primeiro esforço não correu lá muito bem, porque a vossa expectativa era a de marcar o cesto. Mas agora a vossa atitude é determinante. Ou se deixam apoderar pela frustração, e desistem da jogada, ou acreditam no segundo esforço, o que vos pode permitir recuperar a bola tocada pelo defensor e acabar por concretizar o cesto enquanto ele, inocente, já só pensava em festejar o desarme do lançamento.

Num exemplo, como no outro, o moral da história é o de mantermos o foco até ao objetivo final porque já sabemos que, no percurso, vai haver sempre pequenos sucessos e insucessos, avanços e recuos, êxitos e fracassos.

Para nós treinadores, professores e, porque não, pais, cumpre-nos estimular o trabalho do segundo esforço. Enquanto educadores temos o dever, não só, de guiar, orientar e amparar, como também o de criar condições de alguma adversidade controlada que permita às nossas crianças e jovens resolverem problemas e ultrapassarem dificuldades, de esforço em esforço.

Claro está que, tantas e tantas vezes, depois do segundo esforço vem o terceiro e o quarto e…

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